Convido os amigos a conhecerem o novo blog da amiga querida Cris, o Livro do Desassossego, belas imagens / poemas de Fernando Pessoa. Tá lindo, como o que ela já mantém e merece visita também, o Pedaços de Pessoas.
"Se pudesse dar-lhe uma idéia de meu sentimento de solidão ! Nem entre os vivos nem entre os mortos, não tenho alguém de quem me sinta próximo". Nietzsche
Por muito tempo eu achei que Nietz era misógino, anti - social. Sua aversão ao convívio desde de cedo, as escolas pelas quais passou, a falta de adaptação e os relacionamentos desastrosos. Não, Nietz não era misógino, Nietz era só, terrivelmente só.
A solidão dos incompreendidos. Como aceitar aquilo que não se entende? No princípio de tudo, quando uma teoria esta se formando, as idéias consomem o papel vertiginosamente. Escreve-se sobre o que nunca existiu, estava ali sendo criada toda uma visão de mundo. Saiu dos padrões. Enxergar além do limite e ter coragem de falar é para poucos.
Jamais poderia escrever sobre Nietz, não tenho competência para tanto, mas essa atração dos iguais, dos que se assemelham, uma solidão tão igual a minha, sem tristezas, sem infelicidade, apenas intrínseca, sem par, sem correspondência, nada. Um dia de chuva intermitente, sem maiores dramas, nem ranger de dentes.
Falando de seu Zaratustra, Nietzsche chegou a escrever a um amigo : "é um livro incompreensível, porque remete exclusivamente a experiências que não partilho com ninguém".
Repetidas vezes, tentara compreender as razões da indiferença que o cercava. Na correspondência e nos livros, referiu-se ao silêncio que pesava sobre sua obra, a solidão que envolvia sua vida. Raros amigos, escassos leitores. Nos últimos textos, acreditava ter nascido póstumo; seus escritos antecipavam-se àqueles a quem se destinavam. Dirigindo-se a um público porvir, de sua época só poderia esperar não entendimento ou descaso.
A solidão de Nietz se reveste de um entendimento ora lúcido, ora delirante. Há uma explicação maior para isso tudo? não.
Talvez ele mesmo tenha deixado a solução quando passava longos períodos imerso na dor lancinante da doença que o consumia.
Descobriu "a fórmula da grandeza do homem : amor fati". Não evitar nem se conformar e muito menos dissimular, mas afirmar o necessário, amar o que não pode ser mudado.
amar o que não pode ser mudado... é simples assim...
andrea augusto©angelblue83
Inserções biográficas com pitacos meus.
leia mais: http://intermega.com.br/inversos/nietzsche.htm
http://www.culturabrasil.pro.br/nietzsche.htm
http://www.terra.com.br/voltaire/artigos/nietzsche_tracos_biograficos.htm
http://www.geocities.com/paris/louvre/4959/
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