E o Dia da Poesia foi ontem...




"Feliz é a inocente vestal / Esquecendo-se do mundo e sendo por ele esquecida / Brilho eterno de uma mente sem lembranças / Toda prece é ouvida, toda graça se alcança". Alexander Pope



Repudio todo esquecimento, visto que é dele que se faz o estofo do que nos tornamos.

Todo sentimento, toda história, todo tesão não vivido, sonhado ou molhado, tudo que foi, não é passível de esquecimento. Há que se viver e ter o que contar e lembrar. É disso que somos feito, dessa matéria do improvável, sempre.
Daquilo que se sentiu e nunca viveu, do tanto e tanto que se sonhou  e aquele momento que nunca aconteceu. Tudo vivido, tão fortemente impresso na lembrança como se tivesse acontecido de fato. Um dia, numa tarde qualquer de outono porque outono é mágico, aconteceu. Tudo dentro, por dentro, circundado de sonhos, somente por dentro, dentro de uma lembrança eterna.
Gosto tanto de Brilho eterno, mais ainda dA Insustentável leveza do ser. De tudo que me traduz tão explicitamente. Poucos sabem e outros nunca saberão. Secretamente dou pistas e espero me fazer entender nesse caos que me define. Complicado.

Intimidade é dormir junto. Dividir sonhos, contatos involuntários no meio da noite, acordar misturado, com pés trocados, mãos entrelaçadas, abraços frouxos de sono, um sem saber direito quem é, o que é ou mesmo o que poderá ser...

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