Outsiders ou a vida pela vitrine.
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Outsiders são aquelas pessoas que não se enquadram em lugar nenhum. Se enquadrou nessa definição? Então pense melhor. Não se trata de um período ou uma fase, estar sozinho ou ser um solitário. Trata-se de ser assim sempre. Ver a vida como se estivesse fora dela. Nada empolga o bastante nem entristece o suficiente. Tem amigos, nenhuma dificuldade com homens e mulheres, dependendo do gosto e do gênero, mas ainda assim não estão ali.
São aqueles que passam apressados ou não, não importa o destino, eles sabem o que os esperam. São aqueles que beijam apaixonadamente, mas nada lhes chega ao coração. Nada nem ninguém aquece. Eles sabem. O corpo está ali, entregue, disposto, mas a pele não. E sabem o que virá. Não são necessariamente tristes ou visivelmente tristes, pelo contrário, não há traços de tristeza aparente, mas ela existe. Quase ninguém desconfia, quase ninguém estende a mão para romper essa bolha. E os dias se repetem infinitamente.
Alguns tomam a decisão de sair fora mais cedo. Decisão lúcida e não louca. Loucos são os que ficam encarando as trevas e vendo a luz.
Os outsiders são sobreviventes de outros tempos e por isso essa lucidez aguda de olhos que não vêem, enxergam.
O mundo lá fora continua o mesmo, eles também. Trabalham, estudam, voltam pra casa, saem dela, olham, escutam rádio. Pessoas passam por suas vidas e eles sabem, estão só de passagem. Findo o interesse, constatado o desinteresse, seguem. Sem maiores problemas, são bocas que não se encaixam, pele que não combina e um tesão que se evapora. Já é tudo passado distante, uma vaga lembrança do que poderia ter sido e não será.
Outsiders seguem sempre, outras bocas virão, peles, pêlos, papos, nenhuma surpresa, o roteiro é sempre o mesmo.
Outsiders vivem intensamente porque entendem o momento único e sabem da inexistência do futuro. Não planejam nunca, não têm plano B ou saída de emergência.
Outsiders estão sempre de passagem.
São aqueles que passam apressados ou não, não importa o destino, eles sabem o que os esperam. São aqueles que beijam apaixonadamente, mas nada lhes chega ao coração. Nada nem ninguém aquece. Eles sabem. O corpo está ali, entregue, disposto, mas a pele não. E sabem o que virá. Não são necessariamente tristes ou visivelmente tristes, pelo contrário, não há traços de tristeza aparente, mas ela existe. Quase ninguém desconfia, quase ninguém estende a mão para romper essa bolha. E os dias se repetem infinitamente.
Alguns tomam a decisão de sair fora mais cedo. Decisão lúcida e não louca. Loucos são os que ficam encarando as trevas e vendo a luz.
Os outsiders são sobreviventes de outros tempos e por isso essa lucidez aguda de olhos que não vêem, enxergam.
O mundo lá fora continua o mesmo, eles também. Trabalham, estudam, voltam pra casa, saem dela, olham, escutam rádio. Pessoas passam por suas vidas e eles sabem, estão só de passagem. Findo o interesse, constatado o desinteresse, seguem. Sem maiores problemas, são bocas que não se encaixam, pele que não combina e um tesão que se evapora. Já é tudo passado distante, uma vaga lembrança do que poderia ter sido e não será.
Outsiders seguem sempre, outras bocas virão, peles, pêlos, papos, nenhuma surpresa, o roteiro é sempre o mesmo.
Outsiders vivem intensamente porque entendem o momento único e sabem da inexistência do futuro. Não planejam nunca, não têm plano B ou saída de emergência.
Outsiders estão sempre de passagem.
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