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Federico Fellini nasceu em 20 de janeiro de 1920 e morreu em 31 de outubro de 1993, numa de suas visitas a Rimini, sua cidade natal. Seu corpo foi velado num estúdio de Cinecittá, tendo ao fundo um céu pintado, cenário de seu filme Entrevista.
Os filmes de Fellini são sem dúvida autobiográficos, mágicos, cheios de ilusões e escondem (ou nos revelam) seus sonhos, além de duras críticas.
Nunca a compulsão pela mentira provocou efeitos tão benéficos para a arte. Federico Fellini foi um mentiroso obstinado, e há um pouco dessa característica em seus filmes, principalmente os da segunda fase. Ou você acha que aquelas memórias de Amarcord aconteceram do jeito que ele relatou? Em Fellini, o delírio ocupava lugar de destaque. Sem dúvida Amacord é um dos meus prediletos.
Na verdade, "Amacord", ou, em dialeto romagnolo, "a m' acord", signifca "eu me lembro", talvez a expressão mais apropriada para definir o conteúdo do filme.
A grande empatia do filme está exatamente numa visão do passado filtrada pela ironia e pela exposição do que corre nas regiões mais interiores do ser humano. De certo modo, o filme nos faz rir de nós mesmos. Os tipos criados por Fellini se amplificam da aparente caricatura com que são construídos para a universalidade de seu sentido. Da opulenta Gradisca ao velho ranzinza, Fellini constrói uma galeria de personagens inesquecíveis, ridicularizando inclusive os sistemas políticos totalitários.
A eterna companheira de Fellini, Giulietta Masina, merece um capítulo à parte. Com ela, o diretor deixou de ser um diretor promissor para cravar seu nome no restrito ninho dos gênios. Ou alguém discorda que personagens como a desmiolada Gelsomina (de La strada) e a ingênua prostituta Cabíria (de Noites de Cabíria) fazem parte, hoje, do imaginário do mundo todo? Em La strada - até hoje uma obra irretocável -, Fellini também teve a sorte de contar com um Anthony Quinn em estado de graça, como o bronco Zampanò.
Casado com Giulietta Masina, com quem havia trabalhado no começo de carreira ficou a vida inteira, até sua morte em 1993, no ano em que completavam 50 anos de casados.
E la nave va...
Os filmes de Fellini são sem dúvida autobiográficos, mágicos, cheios de ilusões e escondem (ou nos revelam) seus sonhos, além de duras críticas.
Nunca a compulsão pela mentira provocou efeitos tão benéficos para a arte. Federico Fellini foi um mentiroso obstinado, e há um pouco dessa característica em seus filmes, principalmente os da segunda fase. Ou você acha que aquelas memórias de Amarcord aconteceram do jeito que ele relatou? Em Fellini, o delírio ocupava lugar de destaque. Sem dúvida Amacord é um dos meus prediletos.
Na verdade, "Amacord", ou, em dialeto romagnolo, "a m' acord", signifca "eu me lembro", talvez a expressão mais apropriada para definir o conteúdo do filme.
A grande empatia do filme está exatamente numa visão do passado filtrada pela ironia e pela exposição do que corre nas regiões mais interiores do ser humano. De certo modo, o filme nos faz rir de nós mesmos. Os tipos criados por Fellini se amplificam da aparente caricatura com que são construídos para a universalidade de seu sentido. Da opulenta Gradisca ao velho ranzinza, Fellini constrói uma galeria de personagens inesquecíveis, ridicularizando inclusive os sistemas políticos totalitários.
A eterna companheira de Fellini, Giulietta Masina, merece um capítulo à parte. Com ela, o diretor deixou de ser um diretor promissor para cravar seu nome no restrito ninho dos gênios. Ou alguém discorda que personagens como a desmiolada Gelsomina (de La strada) e a ingênua prostituta Cabíria (de Noites de Cabíria) fazem parte, hoje, do imaginário do mundo todo? Em La strada - até hoje uma obra irretocável -, Fellini também teve a sorte de contar com um Anthony Quinn em estado de graça, como o bronco Zampanò.
Casado com Giulietta Masina, com quem havia trabalhado no começo de carreira ficou a vida inteira, até sua morte em 1993, no ano em que completavam 50 anos de casados.
E la nave va...
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