Resiliente sim, porque não?
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O ano está apenas começando e eu não fiz promessas, planos, nada. Eu apenas coloquei numa folha branca coisas que vou realizar. É bem verdade que desde o ano passado já andei realizando algumas coisinhas desta lista, mas faltam inúmeras para realizar e outras ainda que vão entrar.
Antes de mais nada e até de explicar o que vem a ser resiliência e como me tornei uma resiliente, cabe uma pequena retrospectiva. O ponto onde tudo começou.
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Imagem Bellini

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2005 – O mundo caiu e a vida continuou...

Esse ano foi um divisor de águas. Alguns dos meus quatro leitores sabem que em dez dias eu perdi tudo que tinha. Perdi minha mãe atropelada, mandei embora um namorado que eu julgava perfeito e era, só que um perfeito canalha e estava desempregada, tinha pedido demissão. Ora, de repente um mundo estruturado tinha desabado. Um grande amor que era o melhor ator que já conheci, uma grande mulher que era mais saudável que eu e um emprego do qual saí para tentar algo melhor. Desabei junto. Para entrar em depressão foi um pulo, o mesmo pulo que dei da cama quando resolvi me tratar. Entenda-se por tratamento, remédios, terapia e sobretudo uma vontade imensa de sair dessa. Eu não ia me entregar tão fácil.

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2006 – A reconstrução.

Esse ano foi o da reconstrução. Eu tinha dois caminhos, ou me entregava ou tratava de estar feliz. Isso mesmo, estar feliz. Eu não queria o conceito abstrato e limitador de felicidade, eu queria estar feliz a maior parte do tempo apesar das minhas perdas. Durante esse ano, a vida cuidou de me levar onde eu deveria ir. Eu sabia que precisava antes de mais nada, cuidar da cabeça. Assimilar a perda da minha mãe, tirar da cabeça o homem que trazia no coração e arrumar outro emprego rápido.
O emprego veio, um novo namorado também, a assimilação da perda da minha mãe está vindo aos poucos, o antidepressivo abandonei por conta própria, detesto ser dependente de qualquer coisa! Tudo certo... mas ainda faltava alguma coisa e eu não sabia o que.

Foi então que entendi que precisava mudar meus paradigmas, precisava reformular o meu modo de pensar totalmente. Eu queria realmente mudar de vida. Realizar meus sonhos. Pode parecer simples, mas quando digo: realizar meus sonhos, estou falando de tudo que desejo e não é pouca coisa nem muito menos sonhos baratos. Mas como? Foi então que li um texto sobre física quântica e posteriormente vários outros sobre PNL – Programação Neurolinguística.

CALMA! Eu não estou nem de longe falando de livros de auto-ajuda, nem no famoso “pense positivo” que tudo dará certo. Primeiro, pra mim todo livro é por definição de auto-ajuda, não importa o tema. Livros têm essa função, segundo estou longe de aderir a prática de qualquer coisa que não me dê o mínimo de embasamento, que não seja capaz de responder minhas perguntas e sobretudo que não me convença. Acontece que convenceu. Li um texto chamado “O segredo”, vi o filme sobre o assunto e me convenci de que poderia dar certo. Comecei então a perceber como agiam as pessoas que se utilizavam desse “segredo” mesmo que não saibam disso e constatei que essas pessoas são as que vencem sempre, as que não encaram as adversidades como vítimas, pelo contrário, essas pessoas viram o jogo. Elas não ficam sentadas reclamando da vida, culpando os outros ou seja lá o que for pelo seu próprio fracasso, elas se levantam e dão a volta por cima. E era isso que eu queria. Não queria ser a coitadinha da minha história, nem tornar pra mim o papel que vejo outros fazendo, como a eterna infeliz, alimentar meu luto para sempre. Nada disso, eu só queria estar feliz.
Desde então as coisas começaram a acontecer, os desejos, sonhos foram se realizando aos poucos, já no primeiro final – de - semana que comecei a aplicar tudo que li, tudo começou a mudar.Eu não quero fazer nenhum tipo de propaganda, nada disso, até porque mandei esse texto para várias pessoas e quase nenhuma leu e se leu sequer experimentou.
Eu só queria falar de mim e de como tem andado a vida e de como ela está se tornando maravilhosa.
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Mas onde entra a Resiliência?

Pois é, eu não sabia, mas eu sou resiliente. Essa palavra anda na moda e apesar de ter um significado simples, faz toda a diferença! Resiliência é um conceito que vem da física: é a propriedade que alguns materiais apresentam de voltar ao normal depois de submetidos à máxima tensão.
Hoje sabe-se que algumas pessoas têm essa capacidade, o que para outras é o fim do mundo, para uma pessoa resiliente é a oportunidade de mudar, de recomeçar de outra maneira, de seguir adiante apesar de tudo, de se ver como ponto principal de apoio. Nada vem de fora, tudo vem de dentro e a mudança é parte natural do processo.

Exemplo de resiliência:

“As fibras de um tapete de náilon são o exemplo simplificado dessa ação - elas recuperam a forma assim que acabam de ser pisadas e amassadas. A psicologia tomou emprestada essa imagem para explicar a capacidade de lidar com problemas, superá-los e até de se deixar transformar por adversidades. Detalhando melhor, o resiliente não se abate facilmente, não culpa os outros pelos seus fracassos e tem um humor invejável. Para completar o leque de requintes, ele age com ética e dispõe de uma energia espantosa para trabalhar. Perfil de herói? Parece. Mas essa qualidade é encontrada em gente de carne e osso. Segundo Haim Grunspun, professor de psicopatologia da PUC-SP, um terço da população do mundo tem traços de resiliência.”


2007

Embora esse ano seja ainda uma folha em branco, tenho absoluta certeza de que vou conseguir tudo que desejo.
Prepotência? Não, longe disso. Tenho certeza também de que não será fácil, mas vou conseguir e só sei disso porque do fundo do poço só se tem um caminho, tomar impulso e subir...pelo menos para uma pessoa que se descobriu resiliente ;)

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