O racional do amor – Flávio Gikovate
As pessoas buscam de tudo no
mundo virtual; a internet serve para a obtenção de informações, serve para
encontrar amigos, parceiros sexuais...
Um fato curioso é que, em
nosso meio, existe um enorme preconceito quando se trata do uso de sites de
relacionamento para fins sentimentais.
As poucas pessoas que
tiveram sucesso fazendo uso de sites de relacionamento tratam de esconder das
pessoas o meio usado para se conhecerem.
O que está em vigor entre
nós é a tese de que se valer de qualquer tipo de intermediação para conhecer um
namorado é humilhante e vergonhoso.
O mesmo acontece com
encontros "arranjados" na vida real: é como se denunciassem a
incapacidade de se buscar um parceiro por meios próprios!
As pessoas acham mais legal
se conhecerem na noite, em bares ou baladas, bêbados, do que serem apresentadas
a alguém pelas mãos de um amigo.
Por vezes penso que a maior
parte das pessoas continua a achar que o amor tem que ser um fenômeno mágico,
algo como a flechada do Cupido.
Para a maioria, qualquer
interferência da razão e do bom senso nos encontros amorosos subtrai a mágica e
estraga tudo. Não é minha opinião!
O racional do amor
O racional do amor
Parece que existe um preconceito em relação ao amor; muitas pessoas não
querem nem pensar na possibilidade dele ter um ingrediente racional.
Platão, há 25 séculos atrás, dizia que o amor deriva da admiração, que é um
fenômeno racional. Convém abandonar a ideia do amor como mágica!
As escolhas amorosas têm lógica e, ao conhecermos melhor seus
fundamentos, saberemos buscar parcerias amorosas adequadas, fonte de
felicidade.
Quando alguém intermedeia a aproximação de duas pessoas tem sempre em
mente a provável existência de grandes afinidades no modo delas serem.
Nos sites de relacionamento, o princípio que governa a busca de
parceiros tem a ver com afinidades, com faixa etária, com projetos de vida...
No mundo virtual, o conhecer e se encantar por alguém começa a partir de
se conhecer melhor o íntimo da pessoa. O processo é mais racional.
O relacionamento que começa como virtual é de dentro para fora e de cima
para baixo: a razão dá o primeiro aval e aí o par vai se encontrar.
O encontro físico é importantíssimo, pois o amor exige, além do aval da
razão, o do coração (gostar do jeito da pessoa) e, claro, o erótico!
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