Amor de laboratório.

Senão vejamos, um cientista afirma que ao responder algumas perguntas é possível que as pessoas se apaixonem. A grosso modo é essa a tese dele. Particularmente, acho a ideia das perguntas bem interessantes porque ao respondê-las cada um se desvenda aos olhos do outro, isso é claro supondo que as respostas serão verdadeiras. Porém, acredito que  não só a paixão e o amor são bem diferentes assim como a maneira que ocorrem também. Acho que a paixão, o apaixonar-se é o start de todo relacionamento, o encantamento inicial, aquilo que gera a vontade de ficar junto, perto, dentro do outro toda hora, todo dia. Com o passar do tempo tudo que é falado, que é dito tem que receber um respaldo que se chama atitude ou seja nem sempre o cara que se diz o homem mais fiel da terra realmente o será, isso é apenas para exemplificar. Palavras o vento leva, atitudes não. E isso vale para ambos. Havendo o respaldo é  nessa hora que a relação se solidifica e se torna amor. Cada um  corresponde as expectativas do outro inclusive as negativas, não se engane e segue em frente ou não como diria o dublê de filosofo Caetano Veloso.

Dito isso, não acredito que algumas perguntas e respostas façam a diferença em se apaixonar ou não, mas certamente poderão despertar interesse em continuar e conhecer melhor o dono de respostas interessantes, né? ;)



QUER SE APAIXONAR? AQUI ESTÁ A RECEITA!

Para estudioso, o amor pode ser criado em laboratório.
Por Beatriz Alessi 
Foto: Thinkstock
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Ah, o amor... Quantos poemas e tratados já foram escritos na tentativa de decifrá-lo... Quantas canções melosas entoadas na calada da noite! Seria a paixão uma questão puramente química? Um evento fortuito provocado por determinada conjunção planetária? Em outras palavras, estaria o encontro amoroso escrito nas estrelas?
Nada disso. Para o professor Arthur Aron, do departamento de Psicologia da Universidade de Stony Brook, no estado de Nova York, o amor é uma experiência que pode ser replicada em laboratório. Simples assim. Há quase vinte anos, ele mostrou que é possível fazer estranhos se apaixonarem em menos de uma hora. Homens e mulheres heterossexuais foram colocados frente a frente, responderam a um questionário com 36 perguntas e depois se olharam por 4 minutos. Seis meses depois, dois participantes estavam casados.
Duas décadas depois, uma professora da Universidade de British Columbia, no Canadá, resolveu testar o método. O relato de Mandy Len Catron foi publicado no jornal “The New York Times”. Ela e o parceiro não eram propriamente estranhos, já se conheciam da universidade. E não estavam sentados num laboratório, mas num bar. Um pouco constrangidos, os dois fizeram uma busca no Google e responderam, uma a uma, às 36 questões propostas pelo doutor Aron. São três conjuntos de perguntas que vão ficando mais “invasivas” à medida que o questionário evolui. “Se pudesse escolher qualquer pessoa no mundo, quem você convidaria para jantar?” “Antes de fazer um telefonema, você ensaia o que vai dizer?” E por aí vai. O objetivo do doutor Aron é criar um clima de intimidade entre os participantes que, na vida real, poderia levar meses. “Enumere três coisas que você e seu parceiro parecem ter em comum”. “Qual é a sua lembrança mais querida?” “E a mais terrível?” “Qual foi a última vez que chorou na frente de alguém?” “Diga ao seu parceiro o que já te agrada nele”.
Ao final do questionário, Mandy diz ter se sentido como um sapo de laboratório que só percebe que está em água quente quando já é tarde demais. E ainda faltava a parte final do experimento: os dois teriam que se olhar silenciosamente por quatro longos minutos. Como isso seria estranho num bar, eles foram para uma ponte próxima. Para Mandy, foi uma das experiências mais aterradoras e eletrizantes de toda a vida!
Nem é preciso dizer que os dois se apaixonaram. Então será isso o amor, uma questão de intimidade? A tese do doutor Aron parece ser a de que, para amar, é preciso querer conhecer o outro e se deixar conhecer. Muitas vezes isso não acontece porque estamos “armados” demais para nos colocar numa posição de vulnerabilidade. Infelizmente, o amor não vem com seguro contra a desilusão. Mas nos privar dele pode ser ainda mais triste. Então se jogue!

Quer fazer o teste do doutor Aron? As 36 perguntas estão abaixo.   
Parte I
1. Se pudesse escolher qualquer pessoa no mundo, quem você convidaria para jantar?
2. Você gostaria de ser famoso (a)? De que maneira?
3. Antes de fazer um telefonema, você ensaia o que vai dizer? Por quê?
4. O que seria um “dia perfeito” para você?
5. Quando foi a última vez que cantou para si mesmo (a)? Ou para alguém?
6. Se você pudesse viver até os 90 anos, escolheria manter, pelos últimos sessenta anos de vida, o corpo ou a mente de alguém de 30?
7. Tem um palpite sobre como vai morrer?
8. Enumere três coisas que você e seu parceiro (a) parecem ter em comum.
9. Pelo que você é mais grato (a) na vida?
10. Se você pudesse mudar algo na maneira como foi criado (a), o que seria?
11. Em quatro minutos, faça uma descrição o mais detalhada possível da sua vida.
12. Se você pudesse acordar amanhã com mais uma qualidade ou habilidade, qual seria?

Parte II
13. Se uma bola de cristal pudesse lhe revelar a verdade sobre você, sua vida, o futuro ou qualquer outra coisa, o que gostaria de saber?
14. Há algo que você sonha em fazer há muito tempo? Por que ainda não realizou esse sonho?
15. Qual é a sua maior conquista na vida?
16. O que mais valoriza numa amizade?
17. Qual é a sua lembrança mais querida?
18. Qual é a sua lembrança mais terrível?
19 Se soubesse que morreria dentro de um ano, você mudaria alguma coisa na sua maneira de viver? Por quê?
20. O que a amizade significa para você?
21. Que papel o amor e a afeição têm na sua vida?
22. Enumere cinco características que considera positivas no seu parceiro e ele em você.
23. Quão afetiva é a sua família? Acha que a sua infância foi mais feliz que a da maioria das pessoas?
24. Como é a sua relação com a sua mãe?

Parte III
25. Formular, cada um, três fases começando com a palavra “nós”. Por exemplo, “aqui nesta sala nós estamos nos sentindo...”
26. Completar a frase: “Gostaria de ter alguém com quem pudesse compartilhar…”
27. Se você fosse ficar amigo (a) do seu parceiro (a), o que seria importante que ele (a) soubesse?
28. Diga ao seu parceiro (a) o que gosta nele (a). Seja muito honesto (a). Diga coisas que não diria a alguém que acabou de conhecer.
29. Conte ao seu parceiro (a) uma passagem constrangedora da sua vida.
30. Quando foi a última vez que chorou na frente de alguém? Ou sozinho (a)?
31. Diga ao seu parceiro (a) o que já te agrada nele (a).
32. Com o que, na sua opinião, não se pode fazer piada?
33. Se você morresse essa noite e não pudesse se comunicar com ninguém, o que lamentaria não ter podido dizer? E por que não disse isso até hoje?
34. A sua casa está pegando fogo. Depois de salvar seus entes queridos e animais de estimação, você ainda tem tempo de correr e salvar mais uma coisa. O que seria? E por quê?
35. Entre todas as pessoas da sua família, qual seria a morte mais dolorosa para você? Por quê?
26. Conte um problema para o seu parceiro (a) e peça-lhe um conselho sobre como resolvê-lo. Peça a opinião dele (a) sobre como você deve estar se sentindo a respeito.

Daqui Ó,

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