Maiakóvski
Maiakóvski
“Sou poeta.
É justamente por isto que sou interessante”.
É justamente por isto que sou interessante”.
(Maiakovski, Eu mesmo).
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Escritor soviético, Vladimir Maiakóvski nasceu em 19/07 (07/07 no Calendário Juliano) de 1893. Figura mais importante da literatura produzida após a Revolução de 1917.
Poeta combativo, usava as palavras com a intenção de chocar, de fazer propaganda em defesa do que acreditava. Lutava pela coletividade e era o que se chama de um romântico, ainda que não fosse ingênuo.
Mas era um poeta na sua essência, um sonhador que em certo momento entrou em conflito com o poder, o governo e sua prepotência. Vladimir Maiakóvski era o maior poeta russo moderno, aquele que mais completamente expressou, nas décadas em torno da Revolução de Outubro, os novos e contraditórios conteúdos do tempo e as novas formas que estes demandavam.
/Maiakóvski me dá um tesão absurdo.
Poeta apaixonado, não só pela causa que defendeu, pelas mulheres que amou, mas pela beleza máscula dele. Pois é, dá para imaginá-lo declamando vigorosamente seus versos pelas ruas de Moscou. Rosto marcante, compleição forte, sem ser bonito, coisa que particularmente não gosto em um homem, Maiakóvski foi um homem interesantíssimo, acredito.
Poeta combativo, usava as palavras com a intenção de chocar, de fazer propaganda em defesa do que acreditava. Lutava pela coletividade e era o que se chama de um romântico, ainda que não fosse ingênuo.
Mas era um poeta na sua essência, um sonhador que em certo momento entrou em conflito com o poder, o governo e sua prepotência. Vladimir Maiakóvski era o maior poeta russo moderno, aquele que mais completamente expressou, nas décadas em torno da Revolução de Outubro, os novos e contraditórios conteúdos do tempo e as novas formas que estes demandavam.
/Maiakóvski me dá um tesão absurdo.
Poeta apaixonado, não só pela causa que defendeu, pelas mulheres que amou, mas pela beleza máscula dele. Pois é, dá para imaginá-lo declamando vigorosamente seus versos pelas ruas de Moscou. Rosto marcante, compleição forte, sem ser bonito, coisa que particularmente não gosto em um homem, Maiakóvski foi um homem interesantíssimo, acredito.
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Explicava seu fazer poético pela simplificação excessiva e pelo jogo reflexivo. Ele resumia seu pensamento da seguinte forma:
Explicava seu fazer poético pela simplificação excessiva e pelo jogo reflexivo. Ele resumia seu pensamento da seguinte forma:
“Eu não forneço nenhuma regra para que uma pessoa se torne poeta e escreva versos. E, em geral, tais regras não existem. Chama-se poeta justamente o homem que cria estas regras poéticas”.
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Afora o teu amor
Para mim
Não há mar,
E a dor do teu amor nem a lágrima alivia
[...]
Afora o teu amor,
Para mim
Não há sol,
E eu não sei onde estás e com quem.
[...]
Afora o teu olhar
Nenhuma lâmina me atrai com seu brilho.
/
/
O poeta era de natureza apaixonada e seus poemas, claro, não tinham apenas como temática a revolução e as causas sociais, mas também o amor (nunca fugirei desse tema, rss)
// Maiakowski tinha três mulheres em sua vida: Lilia Brik, Veronika (Nora) Polônskaia e Tatiana Iácovlieva. Quis casar com Tatiana, uma russa branca, mas não o fez. Também quis casar com Nora, mas ela não aceitou. Viveu com Lilia e com o marido dela, caso que estarreceu a sociedade e que foi batizado, ocidentalmente, de ménage à trois e, pela própria Lilia, de "uma ideologia amorosa", fundamentada no livro de Tchernichévski - Que fazer? - que pregava a não-possessividade entre marido e mulher.
/
O caso teria acontecido mais ou menos assim, como narrado no livro I LOVE , the story of Vladimir Maikaovski and Lilia Brik, de autoria dos norte-americanos Ann e Samuel Carters, que passaram sete anos na Rússia bisbilhotando tudo a respeito desse outro lado da vida do poeta: Lilia era casada com Ossip Brik, crítico literário, e ambos vieram a conhecer Maiakovski quando este procurava um quarto para alugar. Passando a morar com o casal, os três tornaram-se muito amigos. Lilia e Maiakovski apaixonaram-se um pelo outro. Contaram a Ossip, que não viu motivos para deixar a casa. E continuaram a viver os três sob o mesmo teto.
Lilia foi "a mulher" na vida de Maiakovski, aquela para quem ele ofereceu poemas, aquela que recebeu o que viria a ser conhecido como "poema concreto": um anel, gravado com as iniciais de seu nome - L - I - UB - que, ordenadas de forma circular, formavam a palavra LIUBLIU (AMO).
/Em julho de 1972, Lilia Brik concedeu entrevista ao brasileiro Boris Schnaiderman, em sua residência perto de Moscou. Lilia garante que não tinha mais nada com Ossip Brik quando começou relacionar-se com Maiakovski. Quando desta visita de Boris, Lilia já estava casada há quarenta anos com V.A. Katanian, também amigo de Maiakovski, e ambos sempre se dedicaram a estudar e divulgar a obra do poeta. Em 1978, aos 86 anos, Lilia suicidou-se.
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Afora o teu amor
Para mim
Não há mar,
E a dor do teu amor nem a lágrima alivia
[...]
Afora o teu amor,
Para mim
Não há sol,
E eu não sei onde estás e com quem.
[...]
Afora o teu olhar
Nenhuma lâmina me atrai com seu brilho.
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O poeta era de natureza apaixonada e seus poemas, claro, não tinham apenas como temática a revolução e as causas sociais, mas também o amor (nunca fugirei desse tema, rss)
// Maiakowski tinha três mulheres em sua vida: Lilia Brik, Veronika (Nora) Polônskaia e Tatiana Iácovlieva. Quis casar com Tatiana, uma russa branca, mas não o fez. Também quis casar com Nora, mas ela não aceitou. Viveu com Lilia e com o marido dela, caso que estarreceu a sociedade e que foi batizado, ocidentalmente, de ménage à trois e, pela própria Lilia, de "uma ideologia amorosa", fundamentada no livro de Tchernichévski - Que fazer? - que pregava a não-possessividade entre marido e mulher.
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O caso teria acontecido mais ou menos assim, como narrado no livro I LOVE , the story of Vladimir Maikaovski and Lilia Brik, de autoria dos norte-americanos Ann e Samuel Carters, que passaram sete anos na Rússia bisbilhotando tudo a respeito desse outro lado da vida do poeta: Lilia era casada com Ossip Brik, crítico literário, e ambos vieram a conhecer Maiakovski quando este procurava um quarto para alugar. Passando a morar com o casal, os três tornaram-se muito amigos. Lilia e Maiakovski apaixonaram-se um pelo outro. Contaram a Ossip, que não viu motivos para deixar a casa. E continuaram a viver os três sob o mesmo teto.
Lilia foi "a mulher" na vida de Maiakovski, aquela para quem ele ofereceu poemas, aquela que recebeu o que viria a ser conhecido como "poema concreto": um anel, gravado com as iniciais de seu nome - L - I - UB - que, ordenadas de forma circular, formavam a palavra LIUBLIU (AMO).
/Em julho de 1972, Lilia Brik concedeu entrevista ao brasileiro Boris Schnaiderman, em sua residência perto de Moscou. Lilia garante que não tinha mais nada com Ossip Brik quando começou relacionar-se com Maiakovski. Quando desta visita de Boris, Lilia já estava casada há quarenta anos com V.A. Katanian, também amigo de Maiakovski, e ambos sempre se dedicaram a estudar e divulgar a obra do poeta. Em 1978, aos 86 anos, Lilia suicidou-se.
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Moscou, 26 de outubro de 1921
Meu caro, meu dileto,
meu amado meu adorado Lisik!
Aproveito a chegada de Vinokur para escrever uma carta verdadeira. Tenho desejo, tenho saudade de você - mas tamanha - que não encontro paz (hoje particularmente!) e penso somente em você. Não vou à parte alguma, caminho de um canto a outro, olho no seu armário vazio, nada pode scr mais triste do que a vida sem você. Não me esqueça, por Deus, amo-a um milhão de vezes mais que todos os outros postos juntos. Não me interessa ver ninguém, não tenho vontade de falar com ninguém a não ser com você. O dia mais lindo da minha vida será o da sua chegada. Ame-me, menina. Não se descuide, descanse, escreva se necessita de alguma coisa. Beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a beijo-a, beijo-a.
Não me esqueça, querida, inteiramente seu
Seu Cãozinho
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Meu caro, meu dileto,
meu amado meu adorado Lisik!
Aproveito a chegada de Vinokur para escrever uma carta verdadeira. Tenho desejo, tenho saudade de você - mas tamanha - que não encontro paz (hoje particularmente!) e penso somente em você. Não vou à parte alguma, caminho de um canto a outro, olho no seu armário vazio, nada pode scr mais triste do que a vida sem você. Não me esqueça, por Deus, amo-a um milhão de vezes mais que todos os outros postos juntos. Não me interessa ver ninguém, não tenho vontade de falar com ninguém a não ser com você. O dia mais lindo da minha vida será o da sua chegada. Ame-me, menina. Não se descuide, descanse, escreva se necessita de alguma coisa. Beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a beijo-a, beijo-a.
Não me esqueça, querida, inteiramente seu
Seu Cãozinho
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Na manhã de 14 de abril de 1930, Maiakovski então com 36 anos, escreve seu último poema, "A plenos pulmões".
Após ter passado a noite com Nora Polônskaia, tem com ela uma grande discussão. Nora resolve ir embora, mas antes que chegasse à porta do prédio, na Travessa Lubiânski, ouviu o tiro que Maiakovski com a mão esquerda, deu no coração.
Leia mais.
/Após ter passado a noite com Nora Polônskaia, tem com ela uma grande discussão. Nora resolve ir embora, mas antes que chegasse à porta do prédio, na Travessa Lubiânski, ouviu o tiro que Maiakovski com a mão esquerda, deu no coração.
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Barreira alguma há de calar meu ímpeto,
nem os muros do Krêmlin, quadrimultiplicados.
Do asfalto, em turbilhão, vôo e vulnero tímpanos
Com o fragor fogoso dos meus brados.
Maiakovski
nem os muros do Krêmlin, quadrimultiplicados.
Do asfalto, em turbilhão, vôo e vulnero tímpanos
Com o fragor fogoso dos meus brados.
Maiakovski
Comentários
Se você não se importa, guardei as duas fotos. Mas se publicar alguma, vai com o crédito, combinado?
Beijo pelo Dia do Amigo, querida.
gostei, deixo um beijo a ti.
El
[]s,
Clarisse
eu já gostava do Maiak, e ler ele mais é sempre bom...
Obrigado pela amizade...
Cádor