Deus é bom o tempo todo.




Deus é bom o tempo todo, pensei lendo uma matéria no jornal de hoje. A matéria era sobre suicídio, era setembro amarelo, vocês sabem, e contava o caso de uma menina cujo os pais haviam se suicidado. Primeiro o pai, anos depois, a mãe.
No mesmo dia que enterrou a mãe, recebeu uma proposta de trabalho que sempre foi o seu sonho, não é sobre dinheiro, é sobre realização, sobre querer muito e conseguir. No mesmo dia de uma grande perda, ganhou um sentido para a vida. Um propósito. Na vida é preciso ter um propósito, um sentido, uma direção e assim foi.

Viktor Frankl foi um médico psiquiatra que durante alguns anos viveu num campo de concentração. Durante esse período concebeu o livro "Em busca de sentido". Ele observou que sob todas as circunstâncias, as piores possíveis, os seres humanos procuram um sentido para continuar, uma força, algo a que se agarrar. Não importa se é um filho, os pais, voltar a tocar piano ou violão, mas sempre tudo se resume a um sentido na vida.

Sem tradução clara, o "ikigai" conceito japonês quer dizer "a sua razão para viver". É o motivo que te faz acordar todas as manhãs. Alguns passam a vida sem descobrir, sem ter a menor ideia do porque acordam todas as manhãs.

Mais simples do que parece, para descobrir o "ikigaki" é preciso identificar as coisas que se gosta de fazer, o que dá prazer, porque elas dão propósito à vida e levam a uma longa 
existência. Sabendo que não se trata de um longo tempo, mas de aproveitar a vida e saber o que você quer fazer com ela.
A dificuldade que encontra interseção em todas as teorias, parte do principio que o propósito de uma vida é sempre algo grandioso, de grande mérito, fama e reconhecimento. Não é o ponto. O que te faz feliz, é trabalhar plantando? Ser maquiadora, cuidadora de cães, fazedora de bolos? Você acorda feliz para fazer o que faz hoje? É esse o ponto.
Por que tudo isso num texto que começa com uma história de suicídio? Porque levamos a vida como suicidas cotidianos, sem nenhuma grande ação que termine com a vida, vamos aos poucos, lentamente morrendo a cada dia. Todos os dias quando mecanicamente acordamos, tomamos café, estudamos, trabalhamos e ao fim do dia voltamos para casa sem lembrar das sensações do dia, morremos.
Olhe para si no dia a dia mecânico de sua vida e encontre nesse cotidiano, algo, um momento em que se senta realmente feliz, realizado. Um momento em que diga: eu poderia viver fazendo isso. E torne isso sua vida.

 É isso.



























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