Ah, essa fé na humanidade...




Essa fé na humanidade ou no que há de humano em seres frios cujos os olhos vitrificados  dizem que é tudo encenação e ainda assim você persiste.
Essa munição que se dá ao outro e que será usada contra você porque a evolução espiritual do interlocutor é a mesma de uma anêmona do mar é certa e ainda assim você persiste.
Ainda que saiba que o mais leve apertar de calcanhar o fará delatar o que não existe, revelar o que nunca foi dito, criar situações para livrar a própria pele daquilo que acredita ser uma ameaça a sua integridade. Covardia é próprio daqueles que nada sentem a não ser um apreço enorme por si mesmos.

Ainda assim você persiste e insiste em julgar os outros segundo seus padrões de referência. Ainda que sinta repugnância pelo que tem a frente, você insiste. Pois há, entenda de uma vez por todas, pessoas frias que pouco se importam com os  outros e muito menos com esforços edificantes de explicar o que é consideração.
Há pessoas que se dizem fazendo um grande esforço para se colocar no lugar do outro, para treinar o sentir. Treinar o sentir? Como se treina um sentimento? como o egoísta vai ser capaz de entender o que vai na alma do outro. Hoje ele é cordato, amanhã repetirá exatamente o mesmo que melhor lhe aprouver. Não se engane.

Há que se persistir por fé, por ser uma atitude orgânica, inerente a você, mas há que se ter lucidez na medida exata da manipulação manifesta. Alerta e defesa. Levanta a guarda e aguarda.

Às vezes, a vida impõe a convivência com pessoas visceralmente diferentes. Há que se ter paciência e persistência porque a fé na humanidade ainda é qualidade dos idealistas...esses pobres coitados na qual eu ainda me incluo.





"A regra é: os mais egoístas escolhem amigos e parceiros sentimentais com objetividade, preferindo os mais generosos a quem possam manipular." Flávio Gikovate





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