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Paul Newman
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O homem que nunca viu um filme seu e dizia que o seu som favorito era o de um motor V8 em alta rotação, era provavelmente o último grande ator da época de ouro de Hollywood. Por isso, o sábado é de Paul Newman.
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Nascido em  26 de Janeiro de 1925 em Cleveland, no estado norte-americano de Ohio, com o nome de Paul Leonard Newman.
Era filho de um bem-sucedido comerciante de artigos esportivos e foi aí que  começou a paixão de Paul por tudo o que envolvia desporto. Começaria pelo baseball e acabaria nas corridas de automóveis. Competiu, comprou uma equipe e se tornou campeão.
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O sucesso como ator viria muito mais tarde, sendo que por pouco não ficou acabou no primeiro filme.
Contratado pelos estúdios Warner, o ator estreou na telona em 1954, em “O cálice sagrado”. O filme, entretanto, por pouco não foi seu último: Newman considerou sua performance no épico tão ruim que publicou num jornal de grande circulação um pedido de desculpas ao público.
Para a nossa sorte, ele continuou e por longos anos atuou em filmes memoráveis. Custou a ganhar um Oscar sendo injustiçado diversas vezes. “Gata em teto de zinco quente” e “O mercador de almas” foram alguns deles.
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No entanto, em 1969, quando estrelou “Butch Cassidy – Dois homens e um destino” ao lado de Robert Redford, entraria definitivamente para a galeria de grandes astros. 
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O personagem Sundance Kid foi oferecido e aceito pelo ator Steve McQueen. Com isso, Butch Cassidy seria o primeiro filme em que Newman e McQueen estrelariam juntos, até que houve o problema de qual nome apareceria primeiro nos créditos do filme.
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Como tanto McQueen quanto Newman estavam no auge de suas carreiras, surgiu a proposta de que os nomes dos dois aparecessem antes do título do filme, o que daria uma idéia de igualdade. Newman concordou com a idéia mas McQueen desconfiou que a proposta fosse na verdade um truque e, com isso, resolveu desistir do filme.
McQueen era meio paranóico mesmo, isso sem falar que havia uma espécie de disputa entre eles para saber quem era o mais fodão na época. Perda de tempo, ambos eram, cada um a seu modo.
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Fora das telas sua paixão pelo automobilismo e pela velocidade eram famosas.
Apesar de daltônico, dos anos 70 aos 90, Newman se destacou como piloto amador, correndo em carros esporte nos EUA e na Europa, onde chegou a conseguir um segundo lugar na categoria esporte das 24 Horas de Le Mans com um Porsche 935. Nos anos 80 se envolveu com a Fórmula Indy, onde se tornou sócio-proprietário da equipe Newman-Haas Racing.
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Aos 70 anos, foi o mais velho piloto a vencer uma corrida de prestígio, ao fazer parte do time de pilotos do carro que venceu às 24 Horas de Daytona de 1995.
Quem precisa provar alguma coisa?
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Para ser absolutamente sincera, acho que o maior sucesso dele foi o casamento com Joanne Woodward que durou 50 anos. Ter a sorte de envelhecer junto e morrer ao lado de um grande amor é para poucos. Ok, sou mesmo uma romântica de carteirinha, talvez por ter tido pais que viveram juntos até que a morte os separou, para - espero - uní-los de novo em outro lugar muito melhor que esse.
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Paul Newman e Joanne Woodward
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Essa união de 50 anos viu o tempo passar para os dois. Viu a beleza e o viço indo embora em cada marca que o tempo foi deixando. Ainda assim continuaram juntos até que a morte os separou. Foi ao lado dela e dos filhos que Paul Newman partiu.
Não há o que lamentar, foi uma grande vida e uma bela morte. E pensar que tem gente obtusa que valoriza tanto a aparência física se esquecendo que o tempo passa para todos e a única coisa que fica é exatamente o que se tem de essência, o que se é para o outro e a capacidade de caminhar pela vida até o fim de mãos dadas.
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Ciao Paul!
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Comentários

Fred Matos disse…
Justa homenagem.
Beijos
Anônimo disse…
Lindo sempre.

BeijAnginha.
Clecia disse…
Que excelente escolha para um post!Sem dúvida o cinema perdeu um grande ator. Bjos e um ótimo domingo!
Ana disse…
Ótima escolha de fazer está homenagem...
E ele sempre será lembrado...

Beijoss

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