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KING É O CARA!
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Quem diria que em pleno século 21 a mulher ia suspirar por um “homem” - no caso um gorila- forte, viril, protetor, terno e que não abrisse a boca para nada? Pois é, King é o cara!

As feministas de plantão já subiram nas tamancas diante dessa metáfora explícita no filme, a virilidade, o “deixa que eu cuido disso” tornando a mulher um mero enfeite no contexto da relação. Menos, bem menos, quase nada, senhoras!
Dizem que a mulher não precisa disso, de que adiantou queimar soutians (diga-se de passagem estão os olhos da cara) em praça pública para no final regredirmos tanto. Bobagem, o filme é bom, não só pelos efeitos, mas por todo conteúdo subliminar, o clima, as nuances, na verdade, o sentimento que envolve a trama.

Ainda não vi o filme de 1933, meu amigo Carlos cinéfilo como eu ficou de emprestar, em casa só tenho o remake de 1976 com a sensualíssima Jéssica Lange e sempre achei que poderiam ter ido mais longe nesse clima que envolve o gorilão e a loira, mas ali ficou apenas a insinuação inclusive apimentada para a época.

Nesse, talvez o enfoque maior seja a extrema solidão de ambos, o que acaba por aproximá-los. Ela uma atriz de teatro de vaudeville escolhida ao acaso para uma aventura desastrosa, ele um macaco de proporções gigantescas e temido sempre de antemão por todos.
O desconhecido causa medo. Tememos o que não conhecemos, mas se nos reconhecemos naquele que deveríamos temer surge o amor entre iguais.
Nesse caso um amor terno, o de se ver no outro por mais louco que possa parecer. E o grande paradoxo disso tudo é o romance que ela mantém com o escritor do filme, que faria ali o papel de homem sensível, voltado para a dramaturgia e ela acaba por se apaixonar pelo gorila ou melhor por aquele olhar terno, verdadeiro...Ah! Esse seu olhar quando encontra o meu...
A única semelhança entre os três filmes é a lágrima furtiva que teima em escorrer no final. Impossível evitar.

Definitivamente King é o cara.

andrea augusto (angelblue83)

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