“Deus é um conceito pelo qual medimos nossa dor”
John Lennon




É certo que hoje, dia do aniversário de morte de John Lennon, milhares de sites, blogs e afins estarão contando a história dos Beatles, falando sobre a genialidade de Lennon, de ciúmes, intrigas, egos inflamados e a conseqüente separação. Não vou repetir o que muitos já sabem da história dele como um dos Beatles, nem falarei da brilhante carreira solo posterior a sua saída e muito menos sobre a bruxa má da terra do sol nascente que atende pelo nome de Yoko Ono.

Prefiro falar dos livros dele. Pois é, John também escreveu livros. Nenhuma obra prima, mas com excelente vendagem como tudo que era ligado a ele. On His Own Write, de 1964, e A Spaniard In The Works, publicado em 1965, atualmente estão na categoria de raros, é quase impossível achá-los.
Em On His Own Write, Lennon libera toda a sua criatividade tanto na escrita como nas ilustrações que também são de sua autoria.
A transcriação e o posfácio são de Paulo Leminski, que escreveu:

"...estranhas miscelâneas de textos de natureza vária, flash-contos, esboços de peças, poemas non-sense, acompanhados de desenhos, todos marcados por extrema criatividade de linguagem, conduzida ao absurdo por um humor sarcástico e cínico. Os dois livros do beatle ocupam um lugar especial no quadro da criação textual da segunda metade do século XX. Pela linguagem, seus textos remetem a James Joyce, o mais radical dos prosadores do século. Em Um Atrapalho no Trabalho, prosa-pop, prosa da era da TV, do VT, clips, VTVTTVTVTVVTTTTT&tc, arte de arte, o beatle faz gato e sapato das receitas de todos os gêneros, excomunga os lugares-comuns. Rir é o melhor remédio, achar graça, a única saída." (Paulo Leminski)


Bom, coisas de um gênio, mente inquieta e criatividade a mil que teve a vida ceifada por um maluco que ouvia vozes...deveria ter ouvido mais Beatles...

andrea augusto (angelblue83) ao som de In my life.

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