Suicídio
ou
a solidão de não pertencer.
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Esse post foi editado porque ao chegar aqui na empresa soube que foi considerado hediondo.
Infelizmente não entenderam a minha intenção. Eu não quis expor ninguém, alias, quem frequenta esse blog sequer sabe quem era a pessoa da qual eu falava e as pessoas que receberam o email eram do meu círculo de amizade aqui dentro.
A minha única intenção era chamar para a reflexão, para esse mundo no qual todos se isolam, onde o individualismo fala mais forte sempre, onde cada um trata da sua vida. Um mundo onde  odiar uma pessoa sem sequer conversar com ela é tão rápido e fácil, quanto deveria ser a tentativa de entendimento, dos motivos.
Para aqueles que me julgaram e me condenaram tão rapidamente, peço perdão de coração, embora não me sinta culpada de nada porque não houve intenção ruim  nesse post, pelo contrário, mas como falei antes, é difícil se fazer entender no mundo de hoje e talvez por isso o isolamento seja a maneira mais fácil de conviver com os outros.

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Uma tristeza, uma solidão imensa que me fez pensar sobre essa doença dos tempos modernos: a solidão. Estamos tão sós, tão isolados, tão centrados na nossa vida, que mal sabemos quem são nossos vizinhos, nossos colegas de trabalho, o que se passa com nossos amigos. Cumprimentamos falando: "Tudo bem?" Mas quem realmente se interessa em saber se está tudo bem? Quase ninguém, é verdade.
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Hoje as pessoas se refugiam em seus mundos. Um mundo onde o "delivery" leva tudo em casa, facilita e afasta as pessoas do contato, da troca com seus semelhante. A falta de tempo justifica a pressa, a dor dos outros nos passa rapidamente, assim como a nossa própria dor, que tratamos de empurrar para debaixo do tapete da existência. Tudo é para depois, para quando as coisas acalmarem ou o tempo deixar. A vida segue em paralelo porque o momento de procurar, de ligar, de parar, de escutar nunca chega ou quando chega é tarde demais.
Apenas pensem
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Comentários

Minha querida é incompreensivel este ato do suicidio, mas quando as pessoas sentem na pele seus problemas por menores que sejam para elas e muito dificil. E muito triste saber disso....muito triste sentir isso....e mais triste ainda saber que poderiamos ter ajudado, que poderiamos evitar que uma pessoa se distanciasse tanto assim da vida.
beijos joao
Unknown disse…
Andrea, sempre recebo as atualizações do Literatus. Há dias, no entanto, que não entrava no seu blog. Aliás, faz tempo que não entro em blogs. No caso da sua colega que se suicidou, eu lamento profundamente. A morte é um sonho lúgubre que perpassa os caminhos culturais de uma sociedade cética e mordaz. O suicídio, contudo, parece exacerbar este sentimento estarrecedor. Este post me fez pensar: "Charles, está na hora de você parar de perguntar como as pessoas vão e tentar se inteirar realmente com suas vidas". Tenho medo, contudo, Andrea, que minha disposição de querer conhecer mais as pessoas exponha minhas "entranhas psicológicas". Sabe, tenho medo disso. Apesar de tudo, continue firme. Você tem o direito de se abalar, mas você terá o direito de superar. Beijos na sua alma!
Laura_Diz disse…
Este comentário ai acima é pra valer?
parabéns se for, senão...é hacker...

Querida, triste este post seu. Vivemos mto sós, eu se não tivesse os filhos, sucumbiria, eu acho.
Tsc
sinto pela sua colega, mto triste.
Conheço histórias semelhantes.
Bjs Laura
Anônimo disse…
Andrea,
lembrei de uma canção de Toquinho e Vinícius, "Um homem chamado Alfredo", você conhece? tem tudo a ver com este post. Beijo grande.
Anônimo disse…
Olá moça!

demoro + sempre apareço. como sempre post arrassadores. adoro!
\o/

vim te desejar um Feliz Natal, ótimo 2009 que nele possamos continuar essa troca de informações e idéias

sucesso!

bjos
Anônimo disse…
Bem, cheguei tarde e não consegui ler o post antes que fosse editado. Mas concordo com você, querida Angel, estamos num mundo onde podemos nos falar por celular, email, msn, sms, skype, twitter, orkut... mas esquecemos como nos comunicar. Provavelmente o homem nunca esteve tão sozinho. beijos!
Fred Matos disse…
"...é difícil se fazer entender no mundo de hoje e talvez por isso o isolamento seja a maneira mais fácil de conviver com os outros"

É lamentável que seja assim, mas você tem razão, Andréa. Porém, quem conhece você não tem direito de julgá-la mal.
Feliz Natal.
Beijos.
Nuesa Literària disse…
Cada um de nós com as suas vidas podem ajudar a combater esse isolamento, para construir um mundo onde todos vivem um pouco mais perto de si.
Tati disse…
Queria ter lido o original... Abs
Anônimo disse…
Quanto a moça, nossas preces. agora pros críticos um conselho:aprendam a ler, já que não sabem. acho que o Reinaldo Azevedo tem razão, é preciso urgentemente instituir-se o "bolsa capim". abraços. Carlos
myra disse…
o isolamento a solidao podem ser e devem ser vencidos,
sou irma de Iosif, gostei de seu blog,
myra

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