Nem pretendia voltar hoje por aqui que não fosse para responder aos comentários, mas não podia deixar de prestigiar meu amigo querido Iosif Landau que teve seu blog citado no ezine : no minimo - Blogs Favoritos. Parabéns, viu? Não falei que coisa boa aparece de um jeito ou de outro? Seu blog é ótimo e é mais do que merecido você estar por lá. Parabéns querido, tô super contente por você!

bjimm.angel.

















dos diários

nos dias que se seguiram, era antes a escuridão e a própria metáfora que continham, era um caminho incerto e vago onde a lugar nenhum levaria que não a interiorização e a todo um mundo quieto e limpo, à margem do qual a vida turva passava lentamente...


andrea augusto©angelblue83














Sophia de Mello Breyner Andresen



No ponto onde o silêncio e a solidão
Se cruzam com a noite e com o frio,
Esperei como quem espera em vão,
Tão nítido e preciso era o vazio.








Deixai-me limpo
O ar dos quartos
E liso
O branco das paredes
Deixai-me com as coisas
Fundadas no silêncio










Em Nome


Em nome da tua ausência
Construí com loucura uma grande casa branca
E ao longo das paredes te chorei










Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
P'ra poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes.










Assim em suas mãos


Assim em suas mãos nos troca a vida
E quem já nem em sonhos conhecemos
Longe se perde nos confins extremos
Da grande madrugada prometida
Assim em suas mãos nos troca a vida.









Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto em 6 de Novembro de 1919. Foi nessa cidade e na Praia da Granja que passou a sua infância e juventude. Frequentou Filologia Clássica na Universidade de Lisboa, mas não chegou a terminar o curso. Foi casada com o jornalista Francisco Sousa Tavares e mãe de cinco filhos, que a motivaram a escrever contos infantis. Motivos concretos e símbolos excepcionais para cantar o amor e o trágico da vida foi-os buscar ao mar e aos pinhais que contemplou na Praia da Granja; com a sua formação helenística, encontrou evocações do passado para sugerir transformações do futuro; pela sua constante atenção aos problemas do homem e do mundo, criou uma literatura de empenhamento social e político, de compromisso com o seu tempo e de denúncia da injustiça e da opressão. Foi agraciada com o Prémio Camões em 1999.


Leia: http://www.ipn.pt/literatura/sophia.htm
http://www.instituto-camoes.pt/escritores/sophia.htm

* Aninha, obrigada pela digitação e pelo empréstimo dos olhos, foram de grande valia.

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